quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Café, Cafés e Afins



Olá a todos!

Quem me conhece sabe que eu sou aficcionado por café. Espresso, capuccino, com chantilly, com leite, iced, com chocolate dentro, pingado, nescafé... Enfim, tomo diariamente, várias vezes ao dia.
Contando um pouco da minha história, esse foi um hábito surgido na época que fiz estágio na farmácia do HUOL.
Muitas pessoas tomam café pra ficar acordadas. Isso não funciona mais comigo. A cafeína em doses "normais" deixou de ter efeito estimulante em mim há muito tempo. É o fenômeno da tolerância.
A tolerância é observada de maneira cotidiana, não só por quem trabalha com saúde, doença e tratamentos mas também por qualquer observador um pouco mais atento.
Já percebeu a capacidade que temos de nos adaptar com situações desagradáveis? Não que seja sempre fácil, mas é impressionante a habilidade de nos adequarmos às coisas que não gostamos, como um trabalho ruim, estresse (físico, mental e emocional), sapatos apertados e peidos no elevador, entre outras coisas mais ou menos desagradáveis.
Muitas vezes temos que lutar muito para romper com essas amarras, essas cordas imaginárias que nos prendem em situações cíclicas que são muitas vezes o contrário de tudo que objetivamos para nossas vidas. E isso novamente me lembra o café.
Alguém aí já entrou numa loja de perfumes? Não to falando da estante de colônias da farmácia, mas uma loja de perfumes de verdade. Daquelas chiques onde as vendedoras são mais loiras, mais escovadas e mais maquiadas que garota propaganda da Payot. Em cima do balcão, sempre há um recipiente com grãos de café, alguém já percebeu? Utilidade: clarear, limpar o olfato depois da orgia olfativa à qual nos submetemos, e poder continuar cheirando outros perfumes, sem a interferência dos anteriores. Muitas vezes na vida, é assim: precisamos de um café. Precisamos de uma situação, uma experiência, um alguém, uma epifania... que nos faz quebrar grilhões, romper as amarras, nos liberta dessa situação onde estamos tão envolvidos pelo "cheiro" das coisas em que vivemos, que não sabemos mais distinguir o que é bom do que é ruim.
Então, no fim das contas, a nossa vida é bem isso mesmo; um mar de odores, alguns pungentes, outros doces, uns agradáveis, outros nem tanto, uns fortes e sufocantes, outros sutis e quase imperceptíveis... Ainda assim, todos fazem parte da nossa história.
E se o cheiro não estiver bom, lembre-se: sempre há o café.

namesatem: Copo de café - Departamento de Pediatria (HOSPED/UFRN), que muitas vezes me salvou de babar na aula de puericultura.

Ouvindo: Alanis Morissette - Ironic (http://www.youtube.com/watch?v=8v9yUVgrmPY&feature=fvw)

2 comentários:

  1. minha vida tem muito disso, Johnny ... tenho uma insatisfacao cronica, ficar acomodada eh algo que me incomoda, me *enerva* ao extremo ... acho que meu reloginho soa a cada 2, 3 anos ... e da-lhe cafe!!

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  2. Mais oia pra isso! Jão, um bloggueiro?? Vou acompanhar suas reflexões! Eu tb tenho um blog: www.tropcanadians.blogspot.com

    beijo!

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