quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Solidão

Olá a todos!

Quem me conhece sabe que sou uma pessoa introspectiva. Quem não me conhece, está sabendo agora (pausa para aproveitar a dramaticidade do comentário).
Essa semana, olhando umas fotos recentes que tirei, percebi uma muito interessante. Tirada sem nenhum objetivo em especial (como algumas que tiro por aí), acabou que me fez refletir um pouco sobre as coisas da vida.



namesatem: Volume II do meu ACL, numa cafeteria no shopping.


Olhando para essa foto, me chamou a atenção a cadeira vazia. Colocada como que para ser a estrela da foto. E o que ela representa? Se eu estou "do lado de cá" da câmera, e não tem ninguém "do lado de lá", a conclusão é óbvia: estou sozinho. Os mais espiritualizados dirão "Nunca se está sozinho, estamos sempre com Deus". Não me atendo ao lado metafísico da coisa, mas tão simplesmente ao sentimento que entitula este post, e que a tantos assusta e a outros tantos remete a momentos tristes, resolvi hoje discorrer um pouco sobre "essa tal de solidão".

Falar de solidão para mim é falar da minha infância. Fora de casa, fora da barra da saia de mamãe, sempre fui um "menino sozinho". Não era de muitas brincadeiras, sempre fui meio nerd, mais de leitura do que de bater bola. Acho que isso fez com que eu me adaptasse com a situação de estar sozinho, de achar graça nas coisas sozinho, de passar momentos importantes sozinho. Como tudo na vida, tem um lado bom e um lado ruim: nós, os solitários, tornamos-nos pessoas independentes (em alguns aspectos), nos conhecemos melhor, temos mais tempo para nos dedicarmos aos nossos próprios prazeres e afazeres; em contrapartida, rimos e choramos em silêncio, nos tornamos individualistas algumas vezes (um pouco egoístas talvez) e temos mais dificuldades em construir pontes com outras pessoas. Ninguém disse que seria fácil, não é mesmo?
Hoje em dia, me tornei menos tímido (outra característica bastante prevalente entre nós solitários), um pouco menos fechado (não muito, não muito)... Afinal, não podemos permanecer estáticos frente ao que a gente vai vivendo, não é mesmo? Como diria uma bela pequena grande mulher que eu conheço, em seu profile do orkut: "Agora, pode entrar, sinta-se a vontade mas, por favor, não me deixe da mesma forma que me encontrou". Alguém que passa por nossas vidas e deixa poucas ou nenhuma lembrança, mesmo tendo convivido muito tempo conosco, só nos faz sentir mais sozinhos. Aqueles alguéns que ficam gravados, que deixam marcas indeléveis nas nossas mentes, corações e almas, são os que nos fazem sentir que o mundo é habitado. À essas pessoas especiais, de ontem, de hoje e de amanhã, meu muito obrigado.

No fim, a verdade é que nunca estamos sozinhos. Para alguns é Deus, para outros uma lembrança e para mais alguns ainda, uma xícara de café.


namesatem: Torta "Ferreiro Rocher" e café espresso da "Torteria di Lorenza", BSB/DF.

Até a próxima!

Ouvindo: Filter - One (http://www.youtube.com/watch?v=CzeX_E2DP3w)

3 comentários:

  1. Acho que a nossa solidão é diferente. Não é estar sozinho, é estar consigo mesmo. =)

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  2. Bah, me permito a não comentar o texto pq fiquei perturbada com essa torta! $%$!!! Sacanagem isso! Manda por sedex, plz?

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  3. Bem, contrariando tod a a aversão que um feedback negativo poderia me causar, resolvi ler alguns dos seus posts, por mera curiosidade e pra ser sincera, necessidade de encontrar algo pra te criticar, também. Mas me desarmei, ao ver, linha após linha a descrição de um ser que parecia ser eu mesma. Sabe, Johnny (não sei se esse é seu nome, mas tb pouca diferença faz, nesse momento) a verdade é que estou simplesmente sem palavras, em ter lido, com tamanha sensibilidade, o texto acima. Não deveria, mas confessarei algo: o papel moeda é apenas uma maneira de preencher a cadeira que está em frente a você. Isso não significa um arrependimento ou uma "ingratidão" às minhas tão repetidas crenças, não é isso, é algo que a vida me ensinou, de uma maneira didaticamente incontestável: tudo gira em torno disso. Adoraria que fosse diferente, adoraria. Pra ser sincera, não vejo dinheiro como objeto de salvação, segurança, aumento de auto estima, ou qualquer coisa desse tipo, porque Eu sei que sem autoaceitação e amor incondicional por você mesmo, nada te fará encontrar o equilíbrio e o amor que você procura que as pessoas te dêem, pois nem você mesmo consegue se dar. Bem, acho que já estou me perdendo no sentido, não sou boa com as palavras, mas queria deixar isso aqui pra você ler, ou talvez, pra eu reler....

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